Essa chama não se apaga
- Luann Saraiva
- 13 de mai.
- 3 min de leitura
Domingo, 11 de maio. Dia das Mães.
Enquanto o mundo corria apressado em direção aos seus almoços e celebrações, algo diferente acontecia na Missão Pampulha Getsêmani. Algo eterno. A igreja se reuniu com uma sede que nenhuma festa poderia saciar: sede pela Presença.
E foi assim que começamos. Com céu rasgado. Com um povo clamando: “Rasga o céu e vem, ó Messias esperado”. O louvor não era apenas música — era gemido, era desejo, era maranata pulsando nos peitos. "Nosso Deus reina" foi mais do que refrão: foi decreto, foi lembrança de quem está no trono mesmo quando a vida parece fora de controle.
No meio desse ambiente, fomos levados a um clamor profundo: que essa chama não se apague. E não se apagou.
A sarça que arde e não se consome
A canção dizia: “A sarça pegou fogo e não se consumiu”. E, de alguma forma, essa frase se tornou profecia sobre cada pessoa que estava ali. Queimamos. Queimamos de saudade da Presença. Queimamos de fome por sentido. Queimamos pela certeza de que um dia com a glória vale mais do que mil longe dela.
E então veio a Palavra.
Filho, pão e paternidade
O pastor David, com a ternura de quem entende de reencontros e recomeços, nos levou até Lucas 15. A famosa parábola do filho pródigo ganhou contornos mais profundos. Mais reais.
O mais novo não apenas pediu a herança. Ele rompeu com a casa. Rompeu com o ambiente onde havia pão, onde havia pai. Mas mesmo com a mochila cheia de direitos, ele perdeu o essencial: a comunhão.

E ao desperdiçar tudo, quando a fome bateu, ele descobriu que o mundo tem muito lixo e pouco alimento. Lembrou-se do pai. E decidiu voltar.
Mas ele não voltou apenas com arrependimento. Voltou com inteligência emocional: "Não sou digno de ser chamado filho, mas se eu tiver pão e pai, tenho tudo."
E o pai o viu. De longe. Correu. Abraçou. Beijou. Não esperou o discurso. Mandou trazer a melhor veste, o anel da autoridade, as sandálias da dignidade. Matou o novilho cevado. Houve festa.
O outro filho também estava perdido
Mas havia outro perdido na história. O filho mais velho.
Aquele que não saiu de casa, mas cujo coração já não estava mais lá. Que obedecia, mas não celebrava. Que trabalhava, mas não usufruía dos direitos de filho. Que preferia tirar o pai da festa a entrar nela.
Quantos de nós somos esse filho? Tão acostumados com o serviço, tão endurecidos pela religião, que não reconhecemos quando o pão está sobre a mesa. Que ficamos no campo, distantes da alegria de quem voltou.
Aquela noite revelou uma verdade dura, mas libertadora: o pai não tinha apenas um filho perdido. Tinha dois.
O Deus que paga nossos B.O.s
De forma direta, sem meias palavras, pastor David nos lembrou: Deus compra a nossa guerra. O diabo pode até bater à porta cobrando o que destruímos com nossas escolhas. Mas quem atende à porta é Jesus, com o recibo na mão: "Tá pago. Foi na cruz."
Não importa como você veio. Importa se você quer recomeçar. E esse foi o convite da noite: vamos começar de novo? Deus ainda tem veste nova, anel e sandália esperando por você.
E no fim...
As crianças cantaram. As mães foram homenageadas. Medalhas foram entregues. Pizza foi servida. E até Jericó caiu com os gritos dos pequenos.
Foi uma noite completa. Porque houve Palavra, houve Presença, houve festa.
Que essa chama não se apague. Que ela nos consuma. Que ela nos lembre, todos os dias, que temos pão e temos Pai.
🔥 Nossos cultos são todos os domingos às 18h. Traga sua família, sua expectativa e seu coração aberto. O restante, Deus faz.
Que essa chama nunca se apague.
Até domingo!
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